Symplocaceae

Symplocos falcata Brand

LC

EOO:

205.190,288 Km2

AOO:

232,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Romão et al., 2020), com distribuição: no estado do Espírito Santo — no município Iúna —, no estado de Minas Gerais — nos municípios Alto Caparaó, Araponga, Bocaina de Minas, Camanducaia, Delfim Moreira, Itamonte e Ouro Preto —, no estado do Rio de Janeiro — nos municípios Itatiaia, Nova Friburgo, Resende, Rio de Janeiro, Santa Maria Madalena e Teresópolis —, e no estado de São Paulo — nos municípios Campos do Jordão, Cotia, Cunha, Itapetininga, Pedregulho, Pindamonhangaba, Santo André, São José do Barreiro e São Miguel Arcanjo.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2021
Avaliador: Eduardo Amorim
Revisor: Lucas Jordão
Categoria: LC
Justificativa:

Symplocos falcata é uma árvore de grande porte, endêmica do Brasil, que ocorre na Mata Atlântica, em diferentes fitofisionomias. Apesar do valor de área de ocupação da espécie, atingir o limiar para conferir uma categoria de risco de extinção, a espécie possui mais que 10 situações de ameaças, visto que mais de 50% de suas ocorrências estão sob áreas protegidas e, não está severamente fragmentada. Adicionalmente, não existem dados sobre tendências populacionais que atestem para potenciais reduções no número de indivíduos maduros, além de não serem descritos usos potenciais ou efetivos que comprometam sua perpetuação na natureza. E ainda, possui registros em Unidades de Conservação Integral, constante presença em herbários. Assim, foi considerada como Menor Preocupação (LC) neste momento, demandando ações de pesquisa (tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza no futuro.

Possivelmente extinta? Não
Histórico:
Ano da valiação Categoria
2012 LC

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Pflanzenr. IV. 242(Heft 6): 71, 1901. É reconhecida pelas folhas jovens pubescentes, lóbulos do cálice densamente seríceo-tomentosos ou estrigilosos, pelo menos quando jovens, lóbulos da corola ascendentes ou espalhados, anteras brancas a branca-esverdeadas e frutos de 8 a 10 mm compr. (Aranha Filho et al., 2007). Popularmente conhecida como congonha e canela (Romão et al., 2020).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: A espécie não possui potencial valor econômico.

População:

Flutuação extrema: Desconhecido

Tempo de geração:

Detalhes: range 60 /180
Justificativa:

Segundo as informações fornecidas pelo especialista, o tempo de geração estimado para esta espécie é de 5 – 15 anos (G.O. Romão com. pess. 2021).

Detalhes: Em um trecho de floresta ombrófila densa montana no Parque Nacional do Caparaó, a espécie foi uma das mais importante na amostragem fitossociológica com valor de importância de 14,02% e apresentou a maior densidade (17,7%), tendo sido observada em todas as unidades de amostragem (Zorzanelli et al., 2016). Souza (2008), em estudo da estrutura da comunidade arbórea, em região de floresta ombrófila mista, no Parque Estadual do Campos do Jordão, em São Paulo, foram amostrados um total de 58 ind./ha no extrato superior e um valor de importância de 8,6%, enquanto no extrato superior foram encontrados 1720 ind./ha e um valor de importância de 13,3%.
Referências:
  1. Zorzanelli, J.P.F., Dias, H.M., Silva, N.R., Kunz, S.H., 2016. Richness, structure and vegetation relationship of the woody layer in an upper montane forest in Caparaó National Park, Minas Gerais State, Brazil. Oecol. Aust. 20, 315–321.
  2. Souza, R.P.M., 2008. Estrutura da comunidade arbórea de trechos de florestas de Araucaria no estado de São Paulo, Brasil. (Tese de doutorado) Universidade de São Paulo, Piracicaba.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Área antrópica, Campo de Altitude, Floresta Ciliar e/ou de Galeria, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista
Habitats: 14.6 Subtropical/Tropical Heavily Degraded Former Forest, 3.7 Subtropical/Tropical High Altitude Shrubland, 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest, 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane Forest, 1.5 Subtropical/Tropical Dry Forest
Detalhes: Árvore com até 35 m de altura (Aranha Filho et al., 2007). Ocorre em Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista, Floresta Ciliar ou Galeria, Campo de Altitude e Área Antrópica (Romão et al., 2020).
Referências:
  1. Aranha Filho, J.L., Fritsch, P.W., Almeda, F., Martins, A.B., 2007. A Revision of Symplocos Jacq. Section Neosymplocos Brand (Symplocaceae). Proc. Calif. Acad. Sci. 4th ser. 58, 407–446.
  2. Romão, G.O., Cabral, A., Aranha Filho, J.L.M., Santos, F.B.D., 2020. Symplocaceae. Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. URL http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14902 (acesso em 08 de setembro de 2021)

Reprodução:

Detalhes: A espécie é zoocórica (Souza et al., 2016).
Dispersor: A espécie é zoocórica (Souza et al., 2016). Floresce geralmente de setembro a dezembro, ocasionalmente em fevereiro, e de junho a agosto; frutifica geralmente de novembro a fevereiro, ocasionalmente em março e abril, e de junho a outubro (Aranha Filho et al., 2007).
Síndrome de dispersão: zoochory
Referências:
  1. Souza, S.C.P.M., Silva, A.G., Franco, G.A.D.C., Ivanauskas, N.M., 2016. A vegetação secundária em um fragmento florestal urbano: influência de exóticas invasoras na comunidade vegetal. Rev. Inst. Florest. 28, 7–35.
  2. Aranha Filho, J.L., Fritsch, P.W., Almeda, F., Martins, A.B., 2007. A Revision of Symplocos Jacq. Section Neosymplocos Brand (Symplocaceae). Proc. Calif. Acad. Sci. 4th ser. 58, 407–446.

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 7.1.3 Trend Unknown/Unrecorded habitat past,present,future local low
Um total de 14,14% (32,25km²) da AOO útil da espécie queimaram em 2019 [Formação Florestal (7,65%), Formação Natural não Florestal (3,6%), Mosaico Agricultura e Pastagem (1,73%), Pastagem (0,83%), Agricultura (0,21%), Outra Área não Vegetada (0,05%), Formação Savânica (0,04%), Formação Campestre (0,03%)] (MapBiomas-Fogo, 2021).
Referências:
  1. MapBiomas-Fogo, 2021. Projeto MapBiomas Fogo - Coleção 5 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 2019. URL https://https://mapbiomas.org (acesso em 08 de outubro de 2021).

Ações de conservação (3):

Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018).
Referências:
  1. Pougy, N., Martins, E., Verdi, M., Fernandez, E., Loyola, R., Silveira-Filho, T.B., Martinelli, G. (Orgs.), 2018. Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro. Secretaria de Estado do Ambiente-SEA: Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 80 p.
Ação Situação
5.1.2 National level needed
A espécie ocorre em territórios que poderão ser contemplados por Planos de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território PAT Paraná-São Paulo - 19 (SP), Território PAT São Paulo - 20 (SP), Território Vale do Paraíba - 30 (RJ), Território Rio de Janeiro - 32 (RJ), Território PAT Espinhaço Mineiro - 10 (MG).
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental Campos do Jordão, Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio dos Frades, Área de Proteção Ambiental de Petrópolis, Área de Proteção Ambiental Fernão Dias, Área de Proteção Ambiental Serra da Mantiqueira, Parque Estadual Carlos Botelho, Parque Estadual da Serra do Mar, Parque Estadual das Furnas do Bom Jesus, Parque Estadual de Campos do Jordão, Parque Estadual do Desengano, Parque Estadual do Itacolomi, Parque Estadual dos Mananciais de Campos do Jordão, Parque Estadual Serra do Brigadeiro, Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Parque Nacional da Tijuca, Parque Nacional de Caparaó e Parque Nacional do Itatiaia.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.